segunda-feira, 23 de julho de 2012

Post comemorativo: o que está por vir

Bom início de semana a todos. No meu processo reflexivo para decidir o assunto do presente post, notei em meu painel do blogger que o post anterior, sobre classes, foi o quinquagésimo na história desse blog. Não parece muito, mas ao lembrar da trajetória até aqui percebo o quanto foi atribulado e muitas vezes desesperador correr atrás dos meus objetivos na minha “vida real” e dividir minhas opiniões e loucuras com vocês, leitores. Por isso, decidi fazer algo diferente nesta atualização, revelar um pouco dos meus objetivos futuros com esse espaço e trocar um pouco de conversa fiada. Como sempre, ao final do texto faça suas reclamações, pedidos e tapinhas nas costas.

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Primeiro, gostaria de revelar que pretendo largar minha preguiça e realizar mais resenhas para vocês. Existem alguns livros, principalmente da OSR, que gostaria de apresentar e indicar (ou não): atualmente estou lendo o suplemento de campanha de autor do blog Bat in the Attic, Rob Conley, o “The Majestic Wilderlands”. Se trata de um suplemento para S&W que pretende dar continuidade à linha de suplementos ao 0D&D, o de 1974, e como os suplementos “Greyhawk” e “Blackmoor”, ilustra a campanha do autor no excelente e lendário cenário de campanha da Judges Guild. Existe um suplemento para o D&D 3.x, Wilderlands of High Fantasy, que trata do mesmo cenário venerável, mas ao contrário deste último, um colaboração entre vários autores sobre a visão original do cenário, este trata de uma visão pessoal e mais autoral, forjada em mais de três décadas de aventuras na campanha caseira de Conley. Um livro interessante, cheio de boas ideias para ser saqueadas pelo DM intrépido.

Os próximos na lista de leitura e consequente resenha são os dois Alphabet, Dungeon e Wilderness, de autores diferentes, que tratam sobre tabelas nos dois ambientes seminais das aventuras da velha guarda, e o longo no título “The Random Esoteric Creature Generator For Classic Fantasy Role Playing Games And Their Modern Simulacra”, de James Raggi, autor do polêmico Lamentations of a Flame Princess. Este último trata de procedimentos aleatórios para modificar criaturas de fantasia e também criar novas entitades nunca antes vistas. Tem grandes chances de trazer de volta aquele espírito de surpreendemento às aventuras de fantasia, acostumadas com os mesmos inimigos decorados indefinidamente pelos jogadores. Material de qualidade (espero).

Isso tudo com meus usuais posts de reflexão de taverna, é claro.

Para ser completamente honesto, meus últimos materiais concernentes à regras deixam escapar um segredo mal guardado: meu eterno futuro “hack” do D&D está, sem ilusionismos, ganhando forma. Assim, espero nas próximas oportunidades poder revelar mais um pouco o que este variante tem de diferente de todos os outros que vocês já leram. Sem querer reinventar a roda aqui, mas sim provocar um experiência diferente o suficiente para justificar ao leitor uma olhada mais atenta. Se conseguir provocar pelo menos uma boa reflexão em cada leitor desse material já terei conquistado meu objetivo.

Para dar uma palhinha, esse trabalho tem os seguintes temas que procuro seguir: os princípios “old school”, a perspectiva dos jogadores sempre “on”, só três arquétipos básicos conforme delineados no post anterior, variações em subclasses temáticas (selvagem, sagrada e dissimulação sendo as primeiras), reformulação da magia nos moldes de Crypts & Things, reformulação do conceito da magia divina como “vontade da fé”, dados de vida dinâmicos e não estáticos, construção de castelos e jogos políticos como o “nível épico”, mais descritores e menos números. Esses são os principais que consigo lembrar agora. Ao longo do ano pretendo descrever mais a minha ideia e colocar a disposição para escrutínio da comunidade.

O único porém dessa revelação é minha dificuldade atual de conseguir efetivamente testar essas regras numa campanha com meus amigos. Devidos aos meus compromissos e os desencontros da vida, estou com grandes dificuldades de “startar” minha campanha. Já estou pensando em alternativas online, contudo. Li sobre uma experiência utilizando o Google Hangout que espero consiga contornar esse problema. Já participei como jogador de partidas online bem sucedidas, então espero ter nessas ferramentas uma oportunidade de testar minhas ideias in loco.

Ademais, gostaria de compartilhar minhas impressões sobre um filme recente que finalmente me permiti assistir. John Carter, o filme baseado no primeiro livro da série Barsoom de Edgar Burroughs (o mesmo de Tarzan), A Princess of Mars me proporcionou uma surpreendente boa impressão, apesar de tudo. Digo isso por que não tinha grandes expectativas com o filme, já que se trata de um empreendimento Disney. Mas da mesma forma que aconteceu com a versão cinematográfica de Solomon Kane, o filme não me causou aversão o suficiente para desistir de assisti-lo na primeira meia hora (ao contrário de uma certa refilmagem recente de um personagem muito querido pelo escritor que vos fala). Pelo contrário, apesar de certas caricaturas típicas do estúdio do Mickey Mouse, a película tem um certo charme inegável, fruto da imaginação fértil de Burroughs. Mesmo não sendo um especialista em Barsoom, sei que a trama não foge muito da presente no livro. Tecnicamente o trabalho inaugural do gênero Romance Planetário, Carter possuiu herança o suficiente da Espada e Magia (travestida de tecnologia) para satisfazer nossas necessidades de ação pulp.

Mas minha real surpresa foi encontrar a dupla de atores Ciarán Hinds e James Purefoy. De fama televisiva, os dois são os principais papéis da série Roma da HBO, como Júlio César e Marco Antônio respectivamente. Sou grande fã dos trabalho de ambos, e foi uma feliz coincidência encontrá-los no filme. Apesar de preferir seus trabalhos dramáticos, e seus papéis no filme puxarem para um tom de comédia, achei-os divertidos o suficiente para me divertir. Alias, acho que esse era o espírito dos dois durante as filmagens.

Assim termino meus post de hoje. Aguardem boas notícias num futuro breve, mesmo que o faça nesse ritmo descompromissado de sempre. Abraços.

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